Os Sete Metais.
Um dos aspectos mais importantes da alquimia é o uso de metais. Acredita-se que os metais contêm propriedades espirituais únicas que podem ser utilizadas para o crescimento e a transformação pessoal. Os alquimistas classificavam os metais em sete categorias principais, cada uma com suas próprias propriedades e associações distintas. Os sete metais da alquimia representam os sete estágios da transformação espiritual que o alquimista deve percorrer para alcançar a iluminação. Cada metal também está associado a um planeta específico e possui suas próprias propriedades e simbolismos únicos.

Chumbo (Saturno), o primeiro metal da alquimia, representa o ponto de partida do processo alquímico, onde a matéria é decomposta e purificada. Transformação, mudança e renovação.

O estanho (Júpiter), o segundo metal, representa o início da jornada espiritual, onde o alquimista começa a desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo e de seu lugar no mundo. Expansão, abundância e crescimento.

Ferro (Marte), o terceiro metal, representa o conflito e as lutas que o alquimista deve enfrentar para alcançar a iluminação.
Força, coragem e determinação.

Cobre (Vênus), o quarto metal, representa o desenvolvimento da intuição e da inteligência emocional, permitindo ao alquimista acessar níveis mais elevados de compreensão espiritual. Conecte-se com outras pessoas e cultive relacionamentos fortes.

Mercúrio, o quinto metal, representa a fusão dos opostos, onde o alquimista começa a compreender a interconexão de todas as coisas. Associado ao Deus Mercúrio. Comunicação, inteligência e adaptabilidade.

Prata (Luna), o sexto metal, representa a obtenção da pureza espiritual e a capacidade de acessar reinos superiores de consciência. Intuição, criatividade e equilíbrio emocional.

Ouro (Sol), o sétimo e último metal, representa a obtenção da perfeição espiritual e a transmutação de materiais básicos em sua forma espiritual mais elevada. Sabedoria, iluminação e pureza espiritual.
Influências Planetárias
Acreditava-se também que as influências planetárias desempenhavam um papel crucial na alquimia. Cada planeta era associado a um metal específico e possuía energia e simbolismo únicos. O estudo das influências planetárias era essencial para a compreensão da natureza do universo e dos materiais nele contidos. O uso de corpos celestes no simbolismo alquímico visa fornecer uma linguagem visual para a compreensão dos complexos processos de transformação e crescimento que são centrais para a filosofia alquímica.
A Lua é frequentemente associada aos aspectos femininos, emocionais e intuitivos da psique. A Lua é usada para representar os aspectos reflexivos, passivos e receptivos do processo alquímico, como contemplação, introspecção e purificação. A Lua também é associada ao elemento água, considerado uma força purificadora e transformadora.
O Sol é frequentemente associado aos aspectos masculino, racional e ativo da psique. O Sol é usado para representar os aspectos ativos, criativos e transformadores do processo alquímico, como inspiração, iluminação e transmutação. O Sol também é associado ao elemento fogo, considerado uma força transformadora e purificadora.
As estrelas são frequentemente associadas aos aspectos místicos e espirituais da psique. Elas são usadas para representar os aspectos transcendentes e divinos do processo alquímico, como iluminação, transcendência e unidade. As estrelas também são associadas ao elemento ar, considerado um símbolo de transcendência e iluminação espiritual.
Elementos na Alquimia
Os quatro elementos básicos (terra, ar, fogo e água) são um conceito fundamental em muitas filosofias antigas e tradicionais, incluindo a alquimia. Esses elementos são considerados os blocos de construção do universo físico e cada um está associado a qualidades e características específicas. Esses quatro elementos são vistos como representantes das várias energias e forças existentes no universo, bem como dos diferentes estágios do processo alquímico. Ao compreender os significados simbólicos desses elementos, os alquimistas puderam usá-los como ferramentas para transformação espiritual e autodescoberta.

A Terra representa estabilidade, aterramento e materialidade. Está associada ao corpo físico, bem como à praticidade, à confiabilidade e ao mundo material.

A água representa fluidez, intuição e emoção. Está associada ao inconsciente, bem como aos aspectos feminino, criativo e receptivo da natureza.

O ar representa o intelecto, a comunicação e a consciência superior. Está associado à mente, bem como à liberdade, ao movimento e ao sopro da vida.

O fogo representa transformação, paixão e energia espiritual. Está associado à vontade, bem como à criatividade, à inspiração e à luz da consciência.

Quintessência, o quinto elemento, além dos quatro elementos tradicionais: terra, ar, fogo e água, que se acreditava representar a essência espiritual da matéria.
Animais na Alquimia
Os animais também desempenham um papel significativo na alquimia, com cada animal representando diferentes estágios, aspectos ou forças dentro do processo alquímico. Esses animais eram frequentemente usados como símbolos em ilustrações alquímicas. Ao usar esses símbolos poderosos, os alquimistas eram capazes de transmitir conceitos espirituais e filosóficos complexos de uma forma acessível e significativa para um público mais amplo. A jornada alquímica era um processo de autodescoberta, onde o alquimista explorava seu mundo interior e as polaridades que existem nele. O Ouroboros, ou a cobra segurando sua cauda, era um símbolo usado para representar a dualidade e o ciclo de transformação. O alquimista era como a cobra, constantemente alternando entre as polaridades da alma, da alegria ao desespero, da positividade à negatividade, da luz à escuridão e da energia à inércia.
Por exemplo, o dragão representava o início do trabalho, e a cobra representava a união das polaridades. Os alquimistas criavam imagens semelhantes a mandalas que combinavam imagens dos arquétipos animais com os processos detalhados de mudança que observavam em seus experimentos. Essas imagens serviam de base para suas meditações e os ajudavam a compreender os vários estágios de sua transformação interior. O simbolismo dos animais na alquimia pode ser complexo, multifacetado, sobreposto e variar dependendo da tradição ou cultura específica em que é utilizado.
O Leão é um poderoso símbolo de força, coragem e realeza. O Leão representa a prima materia, ou a matéria-prima utilizada no processo alquímico. Essa matéria-prima é frequentemente descrita como uma fera feroz que precisa ser domada para liberar seu verdadeiro potencial. O processo de domar o Leão é conhecido como Nigredo, ou fase de enegrecimento. Este é o primeiro estágio do processo alquímico, em que a prima materia é submetida a calor intenso ou putrefação para ser decomposta em seus componentes básicos. O Leão também está associado ao elemento fogo, essencial para transformar a matéria-prima em algo mais refinado.
- O Leão Verde é um símbolo que representa o estágio de dissolução, onde a matéria é decomposta e dissolvida em um líquido. É frequentemente associado ao vitríolo, um tipo de ácido sulfúrico usado para dissolver metais e outros materiais. Esse processo é necessário para purificar e refinar o material, decompondo-o em seus componentes essenciais. O Leão Verde também pode representar a energia bruta e vital da natureza, a força que impulsiona o crescimento e a transformação. O Grifo, um ser híbrido de meio-leão e meio-águia, às vezes é associado ao Leão Verde, marcando a espiritualização do material e a ascensão da essência purificada em direção ao divino.
A águia é um símbolo de transcendência espiritual e iluminação, frequentemente associada ao elemento ar. A águia é usada para representar o estado purificado e refinado da consciência do alquimista à medida que avança pelos estágios da Magnum Opus.
A Serpente é um símbolo de sabedoria e regeneração na alquimia. Ela representa a libertação do antigo eu e o nascimento de um novo eu. O processo de libertação do antigo eu é conhecido como Putrefactio ou fase de putrefação, onde o antigo eu é decomposto e digerido para dar lugar ao novo eu. A Serpente também está associada ao elemento água, que representa os aspectos transformadores e regenerativos do processo alquímico.
O peixe é um símbolo de fertilidade e abundância, frequentemente associado ao elemento água. O peixe é usado para representar o potencial de crescimento e expansão inerente ao processo alquímico. O processo de dissolução, que envolve a decomposição de uma substância em suas partes constituintes, está associado ao peixe. Esse processo permite ao alquimista obter insights sobre a natureza da substância e acessar conhecimentos ocultos. O Leão Verde é, às vezes, representado como um peixe com cauda de serpente. Esta imagem representa a união dos elementos Água e Fogo e o equilíbrio entre os aspectos conscientes e inconscientes da psique.
A Fênix é uma ave mítica associada à ressurreição e ao renascimento, frequentemente associada ao elemento fogo, que renasce das cinzas de sua própria destruição e renasce em uma forma nova e mais poderosa. A Fênix é usada para representar o estágio final da Magnum Opus, onde o alquimista alcança a perfeição espiritual e material e renasce em um novo estado de ser, o que representa o estágio final do processo alquímico, onde a Pedra Filosofal é alcançada, um processo conhecido como rubedo ou avermelhamento. Ela representa o fogo transformador que purifica e limpa a alma, associado à paixão, à criatividade e à iluminação espiritual.
O Corvo é frequentemente associado ao estágio nigredo, que representa os estágios iniciais do processo alquímico, onde a matéria é decomposta e purificada. O Corvo representa o processo de desintegração de antigas estruturas e crenças para criar novos começos. O Corvo é um símbolo poderoso na alquimia, representando o primeiro estágio do processo alquímico – o Enegrecimento. Este estágio é marcado pela calcinação ou putrefação da matéria-prima, que escurece e começa a se decompor. Com a calcinação, assim como com o aquecimento vigoroso, o material calcinado geralmente carboniza e descama, assemelhando-se às asas de um Corvo. A negritude do Corvo simboliza a escuridão e a potencialidade da mente inconsciente, da qual o alquimista busca extrair o potencial oculto do material. O processo de Enegrecimento marcou o início do trabalho alquímico, e o Corvo era frequentemente visto como um guia por esse estágio sombrio. O Corvo é um bom presságio no processo alquímico, pois representa a destruição necessária do antigo e familiar, abrindo caminho para o surgimento de novas possibilidades. O Enegrecimento era um período de recolhimento à escuridão do espaço interior, onde o potencial da matéria-prima jazia oculto. O alquimista tinha que confrontar sua própria escuridão e mergulhar fundo em seu próprio inconsciente para encontrar as sementes da transformação. A fase de Enegrecimento era seguida pela fase de Branqueamento, onde a matéria-prima começava a mostrar sinais de purificação e refinamento. A fase temporária de branqueamento era simbolizada pela águia ou cisne branco. À medida que a massa negra da calcinação reagia com outras substâncias e era aquecida, ela adquiria uma crosta branca ou uma camada empoeirada, semelhante às asas de uma águia. Essa fase marcava a guinada para fora do enegrecimento, um momento catártico em que o alquimista vislumbrava o surgimento de uma nova possibilidade. O Corvo havia cumprido seu propósito, guiando o alquimista através da escuridão do enegrecimento para a luz do branqueamento, onde o processo alquímico continuaria a se desenrolar.
A pomba e o cisne estão ambos associados ao estágio do albedo, que representa a purificação da matéria e a transformação espiritual do alquimista. A pomba representa a pureza, a inocência e a libertação da alma, enquanto o cisne representa a graça, a beleza e a transcendência espiritual. O cisne é um símbolo do processo alquímico de sublimação, onde a matéria-prima é purificada através do poder do espírito. As penas brancas do cisne representam a pureza e a transcendência do mundo material. O cisne também está associado ao elemento água e ao poder da intuição. O cisne também representa o poder transformador do amor e a necessidade de se conectar com o divino. O processo de sublimação envolve a purificação da alma através de práticas espirituais. A aparência graciosa do cisne e a capacidade de acasalar para a vida toda o tornam um símbolo poderoso da jornada do alquimista em direção à unidade e à totalidade.
O pavão é frequentemente associado ao estágio da citrinitas, que representa o desenvolvimento da intuição e da percepção espiritual do alquimista. O pavão representa a beleza espiritual e o orgulho que acompanham esse estágio, bem como a capacidade de enxergar além do mundo material e acessar reinos superiores de compreensão.
O Lobo é um símbolo da energia primordial e da selvageria na alquimia. Representa os aspectos caóticos e descontrolados da matéria-prima que devem ser domados e aproveitados no processo alquímico. O processo de domar o Lobo é semelhante à Nigredo, ou fase de enegrecimento do Leão, em que a matéria-prima é submetida a calor intenso ou putrefação para ser decomposta em seus componentes básicos. O Lobo também está associado ao elemento água, necessário para que o processo de transformação ocorra.
- O Lobo Cinzento é uma variação do símbolo do Lobo na alquimia. Ele representa o início do processo de purificação, onde os aspectos caóticos e descontrolados da matéria-prima são domados e refinados. O Lobo Cinzento é frequentemente retratado como um lobo uivando para a lua, o que simboliza a transformação da matéria-prima em uma substância mais refinada. Este estágio também é conhecido como Citrinitas ou fase de amarelecimento, onde a matéria-prima é transformada em uma substância mais refinada por meio de um processo de destilação. O Lobo Cinzento está associado ao elemento terra, que representa a solidificação do processo transformador. Um símbolo dos aspectos ferozes e selvagens da natureza. É frequentemente associado ao lado sombrio da psique, representando os aspectos destrutivos e agressivos da psique humana. O lobo cinzento também é às vezes visto como um símbolo de transformação, pois passa por uma metamorfose durante seu ciclo de vida, de um filhote fofo e fofinho a um predador poderoso e perigoso. Em textos alquímicos, o lobo cinzento é por vezes associado ao processo de putrefação, que é a decomposição da matéria orgânica, representando a dissolução do ego e a destruição do antigo eu para dar lugar ao novo. De modo geral, o lobo cinzento é um símbolo poderoso tanto dos aspectos destrutivos quanto transformadores do processo alquímico.
O sapo é um símbolo da prima materia, a matéria-prima que é o ponto de partida do processo alquímico. Ele representa o aspecto inconsciente e caótico da psique que precisa ser transformado para alcançar a plenitude. O sapo é frequentemente retratado em ilustrações alquímicas como estando cercado por fogo, representando o poder transformador do processo. O processo associado ao sapo é a calcinação, que envolve a queima de uma substância até as cinzas. Esse processo representa a purificação da substância e a queima das impurezas para revelar a verdadeira essência. O alquimista busca transformar a prima materia em algo de valor, assim como o sapo pode ser transformado em um príncipe.
A borboleta representa o processo de transformação na alquimia. Simboliza a jornada da alma rumo à iluminação espiritual. Esse processo de transformação envolve a quebra do antigo e a criação de algo novo. A lagarta, que representa o metal básico, deve ser dissolvida, destruída e então renascer como a borboleta, que representa o ouro espiritual. Esse processo é conhecido como nigredo ou escurecimento. A borboleta também representa o elemento ar, associado à mente e ao intelecto.
A salamandra é um símbolo alquímico de transformação, renovação e purificação. Representa o poder transformador do fogo, que queima as impurezas dos metais básicos e purifica a alma. A salamandra também representa o elemento fogo, associado à paixão, à criatividade e à iluminação espiritual. A salamandra é frequentemente retratada como um pequeno lagarto ou anfíbio capaz de sobreviver e até prosperar em meio ao calor intenso e às chamas.
O veado é um poderoso símbolo de transcendência e transformação espiritual. Representa o processo de destilação, onde as impurezas são removidas para purificar a essência. Os chifres do veado representam o processo de purificação, que muda e cresce a cada ano. O veado também está associado ao sol e à sua capacidade de transmutar metais básicos em ouro por meio do processo de calcinação. O veado também representa a jornada espiritual, onde o buscador deve superar suas próprias limitações e ego para alcançar estados mais elevados de consciência. A capacidade do veado de se mover rápida e graciosamente pela floresta simboliza a necessidade do buscador ser ágil e adaptável para navegar pelos desafios em seu caminho.
O dragão é um símbolo do processo alquímico de dissolução, onde o antigo é destruído para dar lugar ao novo. O sopro de fogo do dragão representa o poder da transformação, queimando as impurezas e criando espaço para um novo crescimento. O dragão também está associado ao elemento fogo e ao sol, representando a capacidade do alquimista de transmutar metais básicos em ouro. O dragão também representa o poder primordial da mente inconsciente e a jornada para enfrentar os demônios interiores. Esse processo de dissolução envolve confrontar o eu sombrio e abraçar a escuridão para promover a transformação. A aparência assustadora do dragão e sua capacidade de cuspir fogo o tornam um poderoso símbolo do fogo interior que impulsiona o processo alquímico. O dragão também pode representar o processo de alquimia, visto como um símbolo dos desafios, obstáculos e caos que o alquimista encontra durante sua busca por transformação e iluminação. O dragão representa as adversidades e dificuldades que devem ser superadas na jornada alquímica. O processo alquímico é frequentemente descrito metaforicamente como a jornada de um herói, e o dragão pode ser visto como uma representação simbólica das provações e testes que o alquimista deve enfrentar em sua busca pela transmutação espiritual e material. O sopro ardente e a natureza feroz do dragão podem ser interpretados como os intensos desafios e lutas internas que o alquimista encontra enquanto trabalha para purificar e transformar seu próprio eu interior e as substâncias com as quais trabalha.
O urso é um símbolo do processo alquímico de fermentação, onde o antigo é decomposto para criar algo novo. A hibernação do urso durante o inverno representa o processo de putrefação e decadência, enquanto seu surgimento na primavera simboliza renascimento e regeneração. O urso também está associado ao elemento terra e ao poder de aterramento. O urso também representa o poder da introspecção e a necessidade de se voltar para dentro em busca da própria força interior. Esse processo de fermentação envolve a quebra de velhos padrões e hábitos para criar algo novo. A capacidade do urso de se recolher em sua caverna e emergir transformado é um símbolo poderoso da jornada do alquimista.
A tartaruga representa o processo lento e constante de transformação. Assim como a tartaruga se move e se transforma lentamente dentro de seu casco, o alquimista também trabalha lentamente em direção à transformação de si mesmo e dos materiais com os quais trabalha. A tartaruga também simboliza a longevidade e a capacidade de suportar as dificuldades, qualidades importantes no processo alquímico. O processo alquímico de nigredo, ou enegrecimento, é frequentemente associado à tartaruga. Este estágio envolve a decomposição e a putrefação do material, o que é necessário para a transformação. O casco da tartaruga, que lhe serve de proteção, também pode ser visto como um símbolo da prima materia, a matéria-prima do processo alquímico que deve ser decomposta e trabalhada para alcançar a transformação.
O touro representa o aspecto masculino da obra, pois é um símbolo de força, poder e fertilidade. Os chifres do touro, frequentemente associados à lua crescente, também podem representar o recipiente alquímico e a necessidade de contenção e controle na obra. O processo alquímico de calcinação, ou queima, é frequentemente associado ao touro. Esta etapa envolve a decomposição e a queima de impurezas, necessárias para a transformação. A força e o poder do touro também podem ser vistos como um símbolo da força de vontade e determinação do alquimista na obra.
A aranha representa a tecelagem e o entrelaçamento de diferentes materiais e energias na obra. Assim como a aranha tece sua teia intrincada, o alquimista também tece diferentes aspectos do material para alcançar a transformação. A aranha também simboliza a criatividade e a capacidade de criar algo novo. O processo alquímico de dissolução, ou quebra, é frequentemente associado à aranha. Esta etapa envolve a quebra do material e sua dissolução em um solvente, necessário para a transformação. A capacidade da aranha de criar e tecer sua teia também pode ser vista como um símbolo da criatividade do alquimista e da capacidade de criar algo novo a partir da matéria-prima.
O escorpião é um símbolo poderoso na alquimia, representando morte e transformação. O veneno do escorpião é uma substância potente que pode causar morte física e espiritual, razão pela qual é frequentemente associado ao processo alquímico de putrefação. Esse processo envolve a decomposição dos elementos antigos e decadentes do eu para criar algo novo e purificado. A capacidade do escorpião de trocar de pele e se regenerar também é um poderoso símbolo de transformação e renascimento. O escorpião também está associado ao signo astrológico de Escorpião, regido pelo planeta Marte. Marte é um planeta de energia, paixão e ação, e é frequentemente associado ao poder transformador do fogo.
O coelho simboliza a fertilidade, a reprodução e a natureza cíclica da vida. Também está associado à lua e ao princípio feminino. O coelho é frequentemente representado na arte alquímica como um coelho branco, que se acredita representar a pureza e a inocência. O coelho é por vezes associado ao processo alquímico de sublimação, que envolve a purificação de uma substância por vaporização e condensação. Neste contexto, o coelho é visto como um símbolo da natureza volátil e elusiva da matéria-prima alquímica. A capacidade do coelho de se mover rapidamente e de entrar e sair de esconderijos também simboliza a necessidade do alquimista de agilidade e adaptabilidade em seu trabalho. O processo alquímico de coagulação, ou solidificação, é frequentemente associado ao coelho. Esta fase envolve a união do material e sua solidificação, o que é necessário para o progresso do trabalho. A tendência do coelho de cavar e criar túneis também pode ser vista como um símbolo da necessidade do alquimista de se aprofundar no trabalho e explorar aspectos ocultos do material.
O objetivo do alquimista era criar a Pedra Filosofal, que representava uma base interna sólida sobre a qual poderiam construir suas personalidades e vivenciar todo o potencial do ser humano. A jornada alquímica era um processo complexo e transformador que exigia paciência, dedicação e uma profunda compreensão do funcionamento da alma humana.
